Como bibliotecas estão usando a leitura para estimular o vínculo na primeira infância


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"Como bibliotecas estão usando a leitura para estimular o vínculo na primeira infância"


Para o bom desenvolvimento da criança existem alguns ingredientes básicos e essenciais. Dois deles são o vínculo e o afeto. Há maneiras diferentes de construí-los e uma delas é por meio da leitura, que também traz muitos outros benefícios. Por isso, o gostar de ler precisa ser cultivado desde os primeiros anos de vida. Conheça aqui uma proposta que pode inspirar as políticas públicas voltadas ao tema.

Bebelê é um projeto que acontece em duas bibliotecas de São Paulo, voltado à leitura de crianças de seis meses a quatro anos. A experiência chamou a atenção do Instituto Tellus e da SP Leituras, que encararam o desafio de replicá-la para outras realidades da cidade. O projeto, aperfeiçoado com o apoio dos profissionais das bibliotecas de São Paulo e do Parque Villa Lobos, passou a se chamar Lê no Ninho.
As sessões com as crianças duram 45 minutos e o principal ingrediente para que a leitura alcance seus objetivos é o vínculo entre os pequenos e os seus cuidadores. Brincadeiras e canções infantis são o ponto de partida de um ambiente em que a ludicidade é o tom. Tão gostoso que adultos e crianças levam a ideia para casa e a reproduzem em seu dia a dia.
Mas não é só isso. O projeto tem a proposta de unir essa cumplicidade pela leitura com as ferramentas tecnológicas que, ao final, fazem parte da rotina dos pequenos e, porque não, dos adultos de referência com quem eles convivem a maior parte do tempo (pais, avós, professores etc.). Os livros recebem o maior destaque nas sessões, mas também a TV, notebooks e tablets têm o seu momento para gerar a interação.
O programa quer alcançar estes objetivos:

• Levar a criança a conhecer novas palavras.
• Apresentar a diversidade da literatura para os pequenos.
• Estimular que a criança tenha apreço pelos livros e por outros portadores de texto.
• Proporcionar à criança que conheça, identifique e reproduza diferentes sons.
• Promover um tempo de qualidade entre adultos e crianças.
• Apoiar a criança para que possa desenvolver a criatividade, a imaginação e a habilidade narrativa.
• Levar a criança a conhecer o mundo letrado, experimentando as funções social e emocional da leitura.

Lê no Ninho se pauta em quatro essências:
  • Cultura leitora – transformar a leitura em hábito na vida das crianças, como comer e dormir.
  • Vínculos afetivos – a interação entre s crianças e os adultos, que em casa contam as histórias, acaba se fortalecendo.
  • Conteúdo adequado – os títulos escolhidos estão relacionados ao momento da criança, ajudando-a a ter mais subsídios para interpretar o mundo.
  • Atitude inspiradora – se os adultos leem, essa prática é referência e inspiração para os pequenos.
O bacana é que é possível implementar a proposta nas bibliotecas infantis de sua cidade. Informações e orientações para isso você encontra em um guia bem didático. É só clicar aqui e fazer o download.
Como já dito, além de ser uma forma de fortalecer vínculos afetivos, essenciais na primeira infância, a leitura nos primeiros anos de vida proporciona outros benefícios. Dentre eles:
  • Várias funções psicológicas podem ser desenvolvidas, entre elas a memória e a capacidade de estruturar as informações.
  • A leitura em voz alta desperta a sensibilidade para diferentes formas da fala e tem o efeito positivo sobre a atenção seletiva (capacidade de concentração por longos períodos).
  • Favorece o desenvolvimento da noção de tempo, desenvolvendo estruturas para ordenar o mundo com base no critério de temporalidade.
  • Amplia o vocabulário.
  • Estimula a criatividade.

Referência
(Texto e foto): Disponível em: <http://desenvolvimento-infantil.blog.br/como-bibliotecas-estao-usando-a-leitura-para-estimular-o-vinculo-na-primeira-infancia/> Acesso em 20 de abril de 2017